Cheguei a Byron numa quarta-feira de tarde, um dia antes do início do Bluesfest.
O terminal de ônibus fica junto a uma antiga estação de trem, aparentemente desativada. Pertinho há uma agência/estação da Greyhound e também um Cole´s, onde já fiz minhas primeiras comprinhas, ainda com o mochilão nas costas. Passei rapidamente na praia e, voltando, ainda avistei um ALDI (minha preferência), mas não quis nem saber... tratei de me localizar e ir logo para o hostel, distante cerca de 15 minutos de caminhada. Com pouco mais de 10 Kgs nas costas parece um pouco mais longe, mas tudo bem... chegando ao Arts Factory Lodge descobri (ou melhor, LEMBREI) que há traslado gratuito pro "centro" (Johnson Street, no terminal).
A primeira impressão do hostel foi mesmo MUITO boa. Parece uma comunidade hippie... fica em meio à natureza, atrás de uma cervejaria/bar/balada (3), cercado de mata com um lago no meio, e um monte de gente doidona. Aves e water dragons andam em meio às pessoas... além do edifício principal com quartos em volta da piscina (1), há ainda a opção de acomodação em tendas (que lembram ocas... depois posto uma foto), que eu achei muito mais interessante, e é até mais barata. Pra quem curte camping, também há uma área reservada para montagem de barracas (2), e que é, certamente, ainda mais barata.
Sem saber direito o que eu ia fazer, sentei no hall pra ficar relaxando e observando o movimento da galera... até que socorri uma donzela - que não conseguia abrir suas longnecks - com meu anel (devidamente adquirido em Las Vegas) abre-tampinhas. Ela gentilmente me ofereceu uma do seu six pack (coincidentemente da tal cervejaria da foto acima) e se apresentou: Emily, de Whales. Estava em Byron justamente por causa do Bluesfest... trabalharia no staff como voluntária. LEGAL! Me convidou para montarmos uma equipe pro trivia que rolaria em breve lá no hall. Juntaram-se a nós ainda o Erin, australiano de Victoria, e a Zion, uma americana californiana de San Francisco que parecia a Amy Winehouse só que numa versão um pouco mais bonita. Não vencemos a competição, no entanto... tive sorte com outra coisa. Na inscrição dos grupos, quem quisesse, escrevia num papel seu nome e a música que prefere escutar quando "faz amor". Depois, ao longo do trivia, o MC algumas vezes sorteava um dos papéis e lia em voz alta... como recompensa pela "humilhação", o sorteado ganhava um passeio pra NIMBIN - uma espécie de "capital da maconha" na Austrália. FUI UM DOS SORTUDOS! hehe
Depois da brincadeira passei no quarto, conheci minha roommate finlandesa (linda morena de olhos azuis) Nina, peguei então a van gratuita do hostel e fui dar uma volta pela praia. Haviam me dito que Byron Bay era "o pico das baladas". De fato tem bastante movimento na rua... um ou outro pub, um daqueles hotéis+bar/balada+casa de apostas, uma liquor store quase em frente à praia. Praticamente todos - de todas as idades - passavam lá, pegavam packs de breja na brown paper bag, sentavam em roda no gramado em frente à praia e bebiam... ou saíam pra caminhar, de noite, mesmo, no escuro, mesmo, na areia... e também bebiam. Aliás, na praia tinha um povo doidão... mistura de comunidade hippie com rave. Havia um ou outro policial rondando... mas as regras de não se beber bebida alcoólica pareciam não ter muito efeito... uma tolerância intencional com Byron Bay? Pra galera ter um gostinho controlado de "breaking the rules"? Sei lá... aderi à breja, assisti um pouco o violão levemente embriagado do gramado (foto acima), depois fui conferir a banda no Beach Hotel (lugar legal, bonito, de frente pro mar, e GRÁTIS, assim como praticamente todos os bares/pubs na Austrália), depois resolvi ir embora. Foi difícil encontrar a van, que "se esconde" atrás da linha do trem nos traslados noturnos.
28 de Março - Ida ao farol ANTES do Bluesfest
Acordei cedo no que seria meu primeiro dia de Bluesfest, que começaria mais tarde em relação aos outros... então recidi aproveitar a manhã pra fazer a longa caminhada ao Farol de Byron Bay. Fui pela areia da praia de Byron Bay (chamada Main Beach) (1, 2)... e segui pela "scenic walk", um pouco mais longa, para buscar boas vistas, paisagens. Uma hora a praia, que é a mesma, muda de nome e passa a se chamar "Clarkes Beach" (3) - não sei por quê. Depois de um morro conhecido como The Pass (4, 5) - e um pouco de labirintos na trilha - fica outra praia, a Wategos (6). Em frente a ela, MUITAS Kombis de viajantes equipadas com tudo o que você pode imaginar... cozinhas inteiras, armários, mobiliário... para se ter uma idéia, uma delas tinha praticamente um "beliche"... isso mesmo... um colchão em suspenso sobre outro no porta-malas/banco de trás.
Em seguida a trilha sobe todo o morro do "Cape Byron" rumo ao Farol, e no caminho há a famosa parada do Ponto a leste mais distante da Austrália (1). Pouco depois foi possível ver golfinhos nadando! Uma pena não ter saído uma foto boa deles. Mas tudo bem... chegando ao Farol, é possível entrar na fila das visitas guiadas. Há grupos - se me lembro bem - de meia em meia hora (ou seria de 1 em 1 hora?), com um guia, e somente com ele é possível subir ao alto. Ele vai contando várias histórias e explicando algumas questões técnicas, e no final cede bastaaaaaaante tempo para ficarmos no alto, ao ar livre, tirando fotos e admirando a paisagem, que é mesmo linda! Wategos (2), Main Beach (3), Byron Bay (4), Tallow Beach (5).
De lá caminhei rapidamente - dessa vez pela estrada, não pela trilha - até o centrinho de Byron, o Terminal de ônibus. AU$ 4,00 a passagem de ida (e mais AU$ 4 de volta) para o festival.
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