terça-feira, 14 de maio de 2013

BLUESFEST 2013 - Byron Bay - 1st DAY

O transporte de ônibus foi eficiente e cheguei ao local do Bluesfest pouco depois das 2 da tarde. Voucher da compra trocado, pulseira na mão. Neste primeiro dia, a programação dos shows começaria às 16hs, então eu tive um bom tempo para explorar o espaço todo. Há muitas opções de alimentação... comidas típicas de diversos países, até mesmo do Brasil! E além das duas grandes lojas - de merchandising do evento e de CDs, que por sinal contava com sessões diárias de autógrafos de alguns dos artistas do festival - havia inúmeras lojinhas menores com diversos produtos. Não me lembro de notar nenhuma grande loja ou restaurante famosos de grandes redes... talvez o foco fosse mesmo um pouco "independente" até mesmo para isso.

Quanto aos palcos, havia 2 tendas de palcos principais -  MOJO, com 12 pilares, e CROSSROADS, com 10 pilares; 2 tendas secundárias - JAMBALAYA e APRA; 2 espaços menores, mais intimistas - CAVANBAH e LOTUS PALACE. Bom... daria pra ficar elogiando a estrutura até amanhã, rs... mas vou deixar um pouco deste assunto para o próximo post. Vamos falar um pouco da música, que é o que mais interessa!

1) William Elliot Whitmore - Abriu o festival, primeira atração do palco Crossroads. Artista solo blueseiro, somente ele e um violão - O cara toda MUITO. A música que mais me chamou a atenção foi "I´m digging my grave". Além disso ele é um cara gente boa e humilde, desceu do palco para cumprimetar o público, literalmente, apertando a mão das pessoas que estavam junto à grade. Segundo ele mesmo, gosta de cantar com gente em volta. No meio do show ele tomou um whisky, depois uma breja e fez piadas com o tempo do show - "10 minutess? Now I have one song. Oh, he told me 2 songs"!


No festival chama a atenção a idade. A imensa maioria é de gente mais velha. BEM mais velha. 50, 60, talvez mais. Parecem hippies... parecem participantes do Woodstock. Aliás, acho que o Bluesfest é o mais próximo que já cheguei de um Woodstock! A atmosfera, a vibe, é muito boa...

2) Wanda Jackson - O show da "ROCKABILLY QUEEN" é quase como um "Story Tellers". Ela mesma disse que começou pra valer em 1955, aos 17 anos, fazento turnê com o Elvis Presley, com quem ela "dated" algumas vezes e ganhou um anel que virou o colar que usa até hoje. Além disso, ela abriu recentemente 10 shows da Adele. Define seu show como uma "Journey Through the Music". Isso sim é que é exemplo de riqueza artística, de conteúdo, de história, de artista consistente. Show deliciosa, banda primorosa... o tecladista parecia muito com Jerry Lee Lewis, de quem ela tocou "Whole Lotta Shakin´Goin´ on". Outro ponto alto do show foi o "tributo" a Elvis - Heartbreak Hotel. Devidamente (e amadoramente) filmadas, em breve postarei no youtube.



Do Jambalaya eu fui para o Mojo assistir ao show dos Couting Crows, tendo passado pelo Crossroads. Nele, dediquei alguns minutos para escutar "1 música e meia" da "banda do Seu Madruga". Rs... me perdoem os fãs mais fervorosos, estou me referindo a Shuggie Otis. SONZEIRA instrumental. Pra ser sincero (perdão novamente), não gostei muito dos vocais, mas não importa... a banda é PRIMOROSA! Uma pena ter que sair, mas essa situação se repetiria muitas vezes ainda: no Bluesfest, TODO ARTISTA é MUITO bom... e há SEIS palcos ao mesmo tempo, com shows simultâneos de gente FERA. Fica MUITO difícil fazer as escolhas.

3) Couting Crows - A primeira música foi impressionante. "Private Archipelado". Confesso que não a conhecia, mas o banho de interpretação do vocalista, com tamanha eloquência dramática foi de tirar o fôlego e de impressionar. O show em si é bem cênico. Em seguida vieram outras "baladinhas" na mesma onda. Tenho que admitir: com o tempo, o ritmo e a dinâmica ficam um pouco devagar... e o fato de não terem tocado Mr. Jones me deixou um pouco frustrado. Mas mesmo assim é um baita show, recomendo.


4) Jason Mraz - Sem dúvida uma grande surpresa para mim. Sua apresentação engloba, mas não se restringe ao hoje hit (amanhã certamente um clássico) "I´M YOURS". O cara é música pura, com uma voz limpa, afinada, bonita e diferenciada, e uma generosidade que o faz nem parecer um artista solo. No palco brilham também cada um dos músicos que o suportam. Humilde, dá espaço a todos. Além disso, sua percussionista é MUITO foda. Canta e toda DEMAIS. Pra mim o "dueto" entre eles foi o grande ponto alto do show. Ambos dois EXALAM música numa sintonia perfeita. Em determinado momento ela toca com suas baquetas no violão dele e fica muito legal. Este é um show que pretendo assistir de novo, em algum lugar do mundo, COM CERTEZA.


5) Ben Harper & Charlie Musselwhite - Que baita show de BLUES. Aliás, PURO blues. Consegui assistir da grade, bem de pertinho... bem mais legal, dá pra perceber melhor o feeling dos artistas. Por incrível que pareça, não rolou nenhum som pop por parte do Ben. Muita versatilidade. Como bom fã de Led Zeppelin, o ponto alto para mim foi a interpretação instrumental (com slide guitar) do clássico When The Leeve Breaks.


PUTA festival! E isso porque, no primeiro dia, começou somente às 16hs. Nos demais, seria a partir do meio dia, ou seja, o dobro de atrações! Depois da pequena dificuldade que foi enfrentar a IMENSA fila para pegar o ônibus de volta, nem quis saber de outra coisa senão dormir para acordar renovado no dia seguinte. À 1:20 eu já estava no hostel. Baladinhas de Byron Bay que me desculpem, mas o Bluesfest é mesmo imperdível.

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