quinta-feira, 2 de maio de 2013

A Ida a Melbourne!

Terceiro dia de Austrália, 13 de Março.

O clima amanheceu um pouco "foggy" em Sydney, e as paisagens do ferry boat já não eram mais tão belas quanto no dia anterior. De qualquer forma, o itinerário até o aeroporto foi tranquilo: meia hora de ferry até o circular quay, uma pequena espera e um trem (caro, por sinal: AU$ 16,70) que passa pelo terminal internacional. Todo este trajeto em pouco mais de uma hora. Nada mal. Check-in feito com mala de mão no quichê da jetstar e tempo de sobra pra colocar os tais AU$ 30 promocionais de crédito no chip pré-pago da vodafone (com isso, torpedos ilimitados e alguns vários megas grátis de dados). No entanto, depois de passar pelo raio X, a fila para a área de embarque me preocupou. Explico: apesar de o voo ser doméstico, por alguma razão que desconheço ele saiu do terminal internacional... ou seja, tive que passar pelo agente da imigração, e isso levou tempo... portanto, fica uma diquinha: reserve algum tempo para o embarque quando seu voo doméstico australiano partir do terminal internacional de algum aeroporto! Pra piorar, o FREE SHOP é um pouco "labiríntico" e uma pentelhação a mais pra quem está (ou, como no meu caso, ACHA que está) um pouco atrasado.


Voo tranquilo, típico de companhias low cost: paga-se por TUDO... água ou mesmo acesso à TVzinha do assento, desnecessária para um voo de aproximadamente 1 hora e meia.


CHEGUEI a Melbourne no aeroporto Tullamarine (existe também o Avalon) e logo peguei o SKYBUS (single trip = AU$ 17,0,0, round trip = AU$ 28,00) para o centro da cidade, mais especificamente a Southern Cross Station (Estação Cruzeiro do Sul, hehe). Por sinal, que bela Arquitetura! Faz com que uma Estação de Trem pareça algo "modernoso", sem contar a grande quantidade de lojinhas, lanchonete e, o mais legal, presença de quiosques vendendo merchandising de equipes de Fórmula 1... dias antes do GP, a cidade já estava não só entrando no clima, mas RESPIRANDO Fórmula 1. Enfim... ela fica a pouquíssimos minutos (uma quadra) de caminhada do Hostel "Love All Nations" (reservado via booking.com), para minha sorte, MUITO bem localizado! Há um certo contraste (pra não dizer discrepância) visual: edifício antigo quase "decadente" (na verdade tem sido restaurado), ele fica bem em frente ao Grand Hotel. Mas enfim... não quis perder tempo: check-in feito, corri pro quarto e, ainda que de vez em quando eu sinta alguma insegurança quanto a shared rooms, neste caso, qualquer chance de a mesma se manifestar desapareceu quando vi bolsas de mulher, 1 laptop e um iPad recarregando. "Abandonados a seu bel prazer", claro. Mala deixada na cama e fui logo caminhar em direção à Docklands, que parecia ser interessante. E de fato é!




Fui caminhando e vendo de perto edifícios de Arquitetura que impressiona visualmente, alguns dos quais ainda em construção. A cidade está em construção... como já observava do SKYBus conforme me aproximava da Estação. Muitas gruas, região com cara de "nova". Na verdade, Docklands parece um grande canteiro de obras. Edifícios corporativos e embarcações suntuosas chamam a atenção... assim como o Etihad Stadium bem em frente à Escultura da Vaca. Percorri todo a área de piers (um "U") pela beirada... avistei sacolas plásticas brancas e cheguei mais perto para ver... que plástico que nada! Eram ÁGUAS VIVAS!!! Daquelas mais perigosas... "Jelly-fish" ou coisa que o valha. Cara, aquilo poderia ter ME MATADO! hehe... mas tudo bem, fora o pequeno susto o passeio caminhava tranquilo e bom belas vistas.




Em pouco tempo cheguei ao Grand Chapiteau e aproveitei para já retirar meu ingresso para o espetáculo OVO, que assistiria no dia seguinte. Pelo caminho, edifícios de uso misto, provavelmente residenciais com comércio/serviços "embaixo", e muitos restaurantes/quiosques/bares à beira das águas, que, creio eu, são do Yarra River. Na volta, passeio pelo Harbour Town, um shopping center a céu aberto aparentemente novo que provavelmente fecha cedo (era por volta de 19hs e as portas das lojas todas trancadas). Supermercado Coles pelo caminho. Parada estratégica para comprar algo para comer e beber. Muitas opções vegans nas prateleiras! E também me chamou a atenção o sistema de "self payment". Basicamente as pessoas levam suas compras até um leitor de código de barras, passam produto por produto (haja honestidade!), e pra finalizar passam o cartão de crédito. Só.





Chegando ao Hostel, uma surpresa: a mesma cozinha que estava às moscas logo quando cheguei, estava totalmente LOTADA! Bocas de fogão, talheres e cadeiras do salão sendo quase disputados! Cozinhar neste horário é quase impossível... mas me virei... e comia enquanto observava o comportamento dos meus queridos backpackermates (essa palavra não existe). Rapidamente percebe-se que naquele hostel nem todos sejam viajantes... talvez a maioria more lá. O que não é legal... panelinhas já formadas, espírito diferente de mochileiro. Assim, não seria a melhor ocasião para conhecer gente, amigos, novos companheiros de viagem. Tudo bem... eu estava tão cansado e esgotado que fui dormir ignorando o ruído barulhento que vinha da música do tal "U Bar" (vizinho nanico porta a porta no térreo) misturada aos veículos do cruzamento das avenidas Spencer e Flinders, além do trem que passava logo em frente à janela.

Nenhum comentário: