The Last DISNEY Day

Segunda-feira chegou e, com ela, meu terceiro, último e abençoado dia de Disneyland. Mesmo vindo de duas “maratonas ciclísticas” ao longo da PCH no final de semana, a de sábado sentido norte (Malibu) e a de domingo sentido sul (OC), nada me faria desistir de ir pra Disney desta vez. Empolgação sobrava e foi suficiente para me manter acordado até praticamente a hora de pedalar para a bus stop perto de casa na Hawthorne. Moro em Torrance (LA County) e a Disney fica em Anaheim (Orange County), o que leva 3 ônibus e 2 horas e meia (HAJA animação e, o mais importante... FORÇA DE VONTADE!) Uma vez que o parque abre suas portas religiosamente às 8, eu disso OITO da manhã... a fim de que pudesse aproveitar AO MÁXIMO a experiência... às 5:30 eu estava pontualmente aguardando o PRIMEIRO 344 do dia. Deu certo! Cheguei a tempo de pegar o início das primeiras filas.

Primeira atração?? CLARO que um repeteco da mais cobiçada... STAR TOURS 3D. Viajar por entre a poeira cósmica dos anéis de Saturno NUNCA é repetitivo e monótono. É mágico! Tratando-se de Walt Disney + George Lucas... não poderia ser diferente! De lá pro Fast Pass da Magic Mountain, outra atração que mexe comigo por ser tão antiga, tradicional e nunca (para mim) repetitiva.

Tendo aproveitado portanto o “madrugar” para o repeteco das atrações mais “concorridas”, reservei i resto do dia para explorar com muita calma e paciência quase todas as outras possibilidades do parque. Passeei de Bobsleds e, por incrível que pareça, sem fila na “It´s a Small Word” revivi o passeio ao mundo a bordo de um botinho... de lá  pra Alice no País das Maravilhas, pra Mr. Toad´s Wild Ride, pra Academia de Treinamento JEDI, pra Storybook Land (com direito a dose dupla... as miniaturas são mesmo DEMAIS!), pro voo do Dumbo, pro passeio do Mark Twain, até a Parada Soundsational. Dessa vez, fotografando ao invés de filmando... reparando nas aparentes influências que pode ser que haja do nosso carnaval (vejam só a "Ala das Baianas", hehe)

Tanto o monorail quanto o trenzinho do parque eu fiz também nesse dia, assim como outras atrações com menos/menores filas. Foi o caso por exemplo da  "Snow White´s Scary Adventures", Pinóquio e Voo do Peter Pan, além do velho e bom Piratas do Caribe (esses dois últimos visitados por mim no Magic Kingdom em 91 e até hoje atraindo o público). Foi uma experiência excelente para ter mais contato com os clássicos da Disney, principalmente com contos de fadas, o que me lembrou um pouco a infância sem internet, onde viajávmos folheando páginas e páginas de livros Disney que não eram lá tão fáceis de se encontrar como hoje em dia. Coincidência ou não, enquanto eu passava pelo castelo até foto com a Cinderela tirei!!! hehe

Mesmo estando um pouco exausto, nem hesitei sobre ficar para os shows noturnos. Repeteco da Fantasmic vale tanto a pena que resolvi ver AS DUAS sessões do dia! Não cansam... é impressionante! As tais colunas coloridas d´água... os fogos... mas, principalmente, as “telas de projeção” feitas com jatos d´água. Isso é mesmo maravilhoso. Todaviiiiia... é entre as duas sessões (9pm e 10:30pm) que acontece o show de fogos, o mesmo que eu já havia assistido na visita anterior... com um pequeno detalhe... havia sido de outro ângulo, um pouco mais distante. Dessa vez, sabe Deus como... consegui assistir mais próximo do Castelo. E a sensação... é... OUTRA! Indescritível a beleza e a emoção... me chamem do que quiserem, mas ver o Dumbo voar entre estrelas cadentes e o Castelo da Cinderela (tudo bem... podem considerar artificial ou o que for... mas é sim inspirado no Neuschwanstein) é mágico. Só que dessa vez, ao invés de sair correndo para tentar aproveitar outras atrações, resolvi ficar ali “pensando na vida” e, meio sem querer... acabei observando as reações das pessoas ao final do show. Me impressionou ver famílias abraçadas e muitas delas chorando. Sem muita distinção de idade, sexo, ou “tamanho”, pois sim... tinha um “brutamontes”... desses “cabrón” mexicano aos prantos...  abraçando esposa e filhos. Muito cafona meu texto? Então vá conferir um dia um parque da Disney... o cara era mesmo um gênio visionário e revolucionário. Uma idéia aparentemente simples e ingênua de “criar um parque temático onde todos da família pudessem aproveitar as juntos” foi mesmo desenvolvida, é realidade, um negócio bem sucedido e, ao que tudo indica, eterno. Ignora mudança de gerações. Se é verdade aquela lenda de que Walt Disney teria sido congelado para que um dia, quando descobrissem a cura para o câncer, salvassem a sua vida? Não sei... (acredito que não... o congelamento é lenda urbana). Também... que diferença faz? Seu legado o torna imortal.

“Well, it came about when my daughters were very young and Saturday was always Daddy’s day with the two daughters. So we’d start out and try to go someplace, you know, different things. I’d take them to the merry-go-round and I took them different places and I’d sit while they rode the merry-go-round. Sit on a bench, you know, eating peanuts. I felt that there should be something built where the parents and the children could have fun together.”

Escrito na quarta, postado no domingo cediiiinho de Vegas