domingo, 24 de julho de 2011

David Copperfield

Em 15 de Junho do ano de 1997 eu comparei a um "show" do David Copperfield aqui no Brasil, Ginásio do Ibirapuera. Isso mesmo... 14 anos atrás. O ingresso é esse aqui...


...agora, por "um acaso do destino da venda casada" de ingressos do MGM (Kà e David x US$ 100.00), em pleno 03 de Julho de 2011, eu voltava a comparecer a uma apresentação do cara... lenda viva do ilusionismo! Mais de uma década depois... em Las Vegas... num teatro do MGM, "nave-mãe" dos outros grandes cassinos da cidade? A expectativa não poderia ser maior.


O início... um clip de vários minutos contendo somente citações, MUITAS, de seu nome, ao longo de duas décadas ou mais, em diversos programas de TV... desde elogios de Oprah a comparações de inúmeros atores em seriados, filmes, desenhos. "Isso é coisa de David Copperfield", "Dei uma de David Copperfield", etc... o cara é mesmo o ilusionista mais famoso e lendário dos últimos tempos!

Começou o show... e logo de cara com uso de um animal... algo que não surpreende em se tratando de um palco do MGM, cassino/hotel/resort/parquedediversoesdeadulto que, entre suas "atrações", tem um demente "lion hábitat", como se animais selvagens asiáticos/africanos tivessem como ambiente natural uma espelunca de vidro climatizada dentro de um cassino no meio do deserto estadosunidense. Mas enfim... o assunto aqui é outro.

Se eu esperava algo inovador, um "retorno avassalador" de um cara que revolucionou o ilusionismo se tornando seu maior ícone moderno... o que vi foi pura nostalgia de um "retorno às origens". Anti clímax, talvez, por minha culpa... mas não deixou de ser um bom show. Me vinham à cabeça memórias do próprio show de 1997, algumas "repetições" de truques... e, sinto muito, lembranças do "Mister M". Mas os truques continuam grandiosos... algo como fazer aparecer um carro suspenso no meio do palco em poucos segundos, etc... e pequenos truques de "close-ups magic" (wuhuu... Philip Blue, hehe) como ele também fazia na década de 90. O ritmo? Um pouco devagar... precisa mesmo mostrar no telão um número inteiro datado dos anos 80?? Ou então aquele filminho do tio/pai/avô ou coisa q o valha sobre paixão por um automóvel somente para introduzir uma mágica que dura menos do que o próprio vídeo? Ou então o excesso de "piadinhas"... como comediante o cara é um ótimo mágico. Me desculpe a sinceridade, maaaas... quando alguém precisa avisar "that was a joke" em determinados momentos e, em outros, "pedir" aplausos", será q não há algo de errado?? Bão... pode parecer pentelhação minha, mas não posso deixar de me queixar sobre o péssimo isolamento acústico do Hollywood Theatre. Se ouvia claramente o "bate-estaca" de alguma boate vizinha dentro do MGM... e não é frescura não... isso atrapalha um pouco a "atmosfera" que se busca criar.

Apesar das minhas "poucas" ressalvas, valeu a pena. O cara é mesmo uma lenda viva e seus truques ainda tomam conta do palco e entretêm a platéia que, por sinal, interage bastante, 2 ou 3 vezes chegando a participar em cena... mérito total do mágico. Uma pena não ter lá muito de inovador... talvez por isso ele tenha sumido um tempo e voltado agora. Mas a nostalgia ainda é legal... mesmo que revele um mágico revolucionário que parece ter parado um pouco no tempo... "grecin 2000" e botox parecem reforçar isso.

PÓS-SHOW



Um aspecto ruim de ser pegar "as segundas sessões" dos shows de Vegas é que a gente acaba saindo um pouco tarde, entre 11 e meia e meia noite. Ainda assim combinei de encontrar Murilo e Emília no hotel antes de sair... e procurar jantares veganos na Boulevard não é moleza... fomos ao Flamingo e ao Casino Royale... e ainda assim não satisfizemos completamente nossa companheira de Wolfpack. Já era tarde, nada de nightclubs... fechamos a noite com um passeio pelo Wynn/Encore (que, por sinal, parecia deserto) e um retorno ao hotel fazento "pitstops estratégicos" pelos cassinos do caminho. Fomos dormir já com um início de sunshine. O triste é que depois daquela manhã de 04 de Julho eu teria que seguir viagem completamente sozinho... algo que eu não acontecia desde a Cidade do México, em janeiro.

Escrito entre McCarran e Miami, postado em Sampa

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