quinta-feira, 10 de março de 2011

CHICK COREA and GARY BURTON live @ ROYCE HALL

05 de Março de 2001

Eu já falei repetidas vezes aqui neste blog que não sou e nem tenho pretensões de me tornar um crítico de arte. Até porque... que ser humano na face da Terra seria capaz de escrever alguma crítica sobre um gênio como Chick Corea??? E Gary Burton???

O que nós vimos no palco do Royce Hall da UCLA foram mais de duas horas de pura magia. Muito difícil descrever em palavras as sensações e percepções em cada "viagem" de cada standard. Com um entrosamento e precisão incríveis... sem um click sequer. Só Piano e vibrafone... "the crystal silence duets" estavam de volta. Além dos standards, não há como negar que não tenha chamado muito a atenção de nós as "refabricações" (nuossa... viajei, agora... acho que criei um neologismo) de "CHEGA DE SAUDADE" e "ELEANOR RIGBY". O que foi feito dessas duas músicas mais "pops" é difícil de dizer... só mesmo escutando ao vivo, da introdução às primeiras citações do tema, que depois recebe variações atrás de variações... a gente tem que apertar bem o cinto, senão não dá pra acompanhar o ritmo da viagem! A gente vai às alturas... Bom... nem sei mais o que dizer. Então melhor não falar mais nenhuma besteira...


...depois do show o Chick Corea ainda bateu um papo, de cima do palco, mesmo, com quem quisesse ficar um pouquinho mais. Claro que eu não poderia perder a oportunidade. Nem sabia direito o que dizer... apesar de ser grande fã das suas diferentes "eletrik bands" e ter estudado o Children´s Songs de cado a rabo, sua obra é TÃO extensa e TÃO abrangente que nem me considero um bom conhecedor. Me limitei a dizer que "sou um grande fã que vim do Brasil e adorei o espetáculo", e que "nunca me esqueci do primeiro show que eu assisti, em 1998, São Paulo, Teatro Alfa Real, só com a formação acústica", ao que ele respondeu "Oh, Yeah, the Origin...". Não me contive. Autógrafo e fotinho abaixo.


De lá voltamos felizes da vida pra Hollywood Boulevard, endereço do Albergue (muito bem localizado, por sinal) em que meus amigos mais recentes estavam hospedados. Ainda tomei boas cervejas com o Guto antes de voltar pra casa. No dia seguinte... iríamos à UNIVERSAL Studios.

Escrito no domingo, postado na quinta



 
NOTA: às 2 da manhã NÃO havia mais ônibus para a minha direção. Tendo imaginado que isso poderia acontecer, eu tinha calculado que, talvez, uma "maratona ciclística" em bom ritmo duraria por volta das 2 horas e pouco que, em outra ocasião, eu tinha levado para ir de Redondo Beach até Venice Beach. Afinal... eram só 3 avenidas... Crenshaw, Artesia, Hawthorne. Não poderia ser tãaaaaao longe.
First mistake: Não eram 3 avenidas. Eram 3 BOULEVARDS. Tome muito cuidado quando você se deparar com alguma "Boulevard" na sua vida... ela NÃO TEM FIM! Tudo bem... depois de mais ou menos uma hora e meia (e bem mais de 100 blocos... até perdi a conta) de Crenshaw (passando por 3 linhas de trem), desde as quebradas até entrar e sair de Inglewood... meia horinha de Artesia, meia horinha de Hawthorne, HOME SWEET HOME. DUAS horas e MEIA. Mas tudo bem... já havia feito maratona parecida. ÓTIMO teste de resistência e oportunidade de conhecer a cidade. QUEM NA VIDA PODE DIZER QUE JÁ FOI DE HOLLYWOOD ATÉ REDONDO BEACH DE BICICLETA? Eu posso! E de uma coisa eu tenho certeza... NÃO recomendo... rs

Nenhum comentário: