Se em 2007 o excelente booking.com só me trouxe surpresas pra lá de positivas, ultimamente tem me trazido surpresas um pouco excêntricas. Em Munique (jul/2010), devido à sua localização tanto boa (a 2 quadras da Estação Central e uns 10 minutos caminhando da Marienplatz) quanto curiosa: cercado por espeluncas frequentadas por putas pelas “profissionais mais antigas do mundo” numa rua que parecia mesmo ser a “Indianápolis Augusta da Baviera”. Exageros à parte, é bom enfatizar que o movimento era tranquilo e seguro (mesmo por volta da meia noite), e os frequentadores (tanto fornecedores qto clientes) pra lá de educados e civilizados (Dá-lhe FRAULEIN... e não, NÃO estou sendo irônico). E a internet do hotel era FREE 24h.
Mas como estamos na Capital da Cucaracha Tequila, e não da Cerveja, vamos ao que interessa: Agora (jan/2011) me hospedei em um hotel que fica simplesmente no coração da SANTA IFIGÊNIA versão asteca (dá-lhe comparação com Sampa... me aguentem!). Já havia suspeitado ontem de noite pela chegada, mas só obtive a certeza hoje, vendo shoppings e shoppings e banquinhas e galerias de “centros comerciais de mercadorias eletrônicas” de portas abertas e funcionando a todo o vapor! Todos em volta do hotel. E, claro, não faltaram aqueles carinhas malas que ficam no passeio público atrapalhando o trânsito de pedestres oferecendo celular, pendrive, cartucho de tinta, CD/DVD/K7/softwares pirateados, “games”, a própria mãe, et cetera... faz parte. Tomei café no 7 Eleven (óia só! E não... não tinha SLURP, pelo menos na “filial” em que passei) e caminhei um pouquinho pela Lazaro Cardenas... uns 10 minutos, até que me deparei com um edifício monumental, o tal “Palacio de Bellas Artes”, cercado de um lado pela praça “Alameda Central” e tendo do outro a “Torre Latino-Americana”. (óia só, tanto de dia quanto de noite):
A caminhada foi curta porque às 9:20h eu deveria estar no hotel, de onde sairia para uma excursão que visitaria a(s) Basílica(s) de Guadalupe e as pirâmides de Teotihuacan. Pois bem, 9:30h e o passeio começou. Primeira parada: “Plaza de las Tres Culturas”, onde vimos as ruínas do Tempo de Tlatelolco. Segunda parada: A Basílica. E não é que foi divertido? O prédio é muito curioso. Tem esteiras rolantes em sentidos opostos, criadas para evitar
Terceira parada: Teotihuacan. Antes de adentrarmos o sítio arqueológico das famosas pirâmides, visitamos uma espécie de “cooperativa” de artefatos e esculturas artesanais. Pra falar a verdade, curti mesmo a hora em que entramos na lojinha... era tudo tão misturado a souvenirs e outras mercadoras que rolou até uma degustação de Tequila!
Quanto às pirâmides... subi AS DUAS! Não cabe aqui explicar toooooooodaaaaaaaa a simbologia “astronômica” que as envolve, isso vocês procuram depois no Google. O fato é que quase morri na maratona, além de me expor por mais de 2h a um sol escaldante. Podem me zoar: óbvio que NÃO levei protetor e SIM, me queimei no rosto/pescoço e braços com marca de camiseta... já vão vendo o SUCESSO que farei nas praias de Los Angeles! Um dado interessante é que conheci a periferia da Cidade do México... parecida com São Paulo: os morros sendo engolidos ocupados por favelas comunidades, formadas em maior parte por barracos de alvenaria sem reboco (mas curiosamente acinzentados, e não avermelhados, como as paredes de tijolo baiano cerâmico), mas também com uma ou outra casa de “médio padrão”. Legais mesmos são alguns conjuntos habitacionais BIZARROS que aparecem ao longo da rodovia... a maioria deles padronizados: casinhas rosadas com PINHEIROS (??????????) ao longo das vias. Não consegui fotografá-los da van.
De volta ao hotel, pouco descanso depois inciei minha MARCHA em busca de LA CONDESA! Primeiro, fui caminhando até o Palacio de Bellas Artes, que fica muito bonito à noite (vide a fotinho que postei lá em cima), e a tal da Alameda Central... fica LOTADA de gente (e lá dentro existe uma espécie de “parquinho de diversões” repleto de famílias se divertindo com seus filhos). Aliás, o trajeto todo do hotel até lá (Avenida Lazaro Cardenas) parece um pouco um calçadão do Centro de São Paulo... muitos camelôs vendendo de tudo. Seguindo pela Avenida Juaréz, muito movimentada tanto com pedestres quanto com automóveis, cheguei ao “Monumento a la Revolución”. Especialmente iluminado, fica muito bonito à noite:
De lá segui caminhando pelo “Paseo de la Reforma” (parece que é uma espécie de “Avenida Paulista” daqui), onde fiz duas constatações: Na Cidade do México NÃO HÁ destruidores de espelhinhos motoboys. Por outro lado, há bicicletários públicos MUITO eficientes e "bicicletáxis". Caminhei de volta ao Paseo de la Reforma, até que cheguei no tal “Shopping 222”, cujo projeto arquitetônico é legal, e fica integrado a dois altos edifícios que parecem ser de uso misto (residencial e comercial) ou somente comercial. Lá, algumas marcas conhecidas, como a C&A e o Cinemark (que é IGUALZINHO ao do Brasil). Ao lado do Shopping há um Hotel “Holiday Inn” que serve como uma BOA dica para quem precisar comprar pesos mexicanos, pois funciona 24 horas, não tem burocracia, nem tampouco comissão. Ah, e a placa que vi no bar vizinho também merece uma fotinho postada:
Após me informar sobre qual rumo tomar para chegar no tal “La Condesa”, segui as orientações que foram dadas e, 10 minutos de caminhada depois, vi alguns barzinhos ao longo de uma rua chamada “Florencia”. Lembro-me somente de algum movimento maior na esquina dela com a “Liverpool”, mas como ainda NÃO ERA o La Condesa, me informei novamente e me mandaram pegar o Metrô da Estação Insurgientes até a Chuapultepec. Deus do Céu! A passagem custa somente 3 pesos mexicanos! Algo que não chega a 50 centavos de Real. E vejam a imagem abaixo... são 11, ONZE linhas integradas! Quem sabe um dia a dinastia P*DBista que governa São Paulo há quase TRINTA anos APRENDA com nossos “hermanos mexicanos” como é que se faz metrô!
Enfim... me transportei de forma muito eficiente e barata (mas não tãaao confortável, devo confessar), até que, ao sair da estação... EU ESTAVA NO LARGO DA BATATA! Que medo. Um monte de micro-ônibus/vans, barraquinhas de comidas suspeitas, um baita ESCURO em volta e estabelecimentos comerciais estranhos na única calçada mais movimentada. No mais normal entre eles (uma lan-house), fui me informar como fazer para chegar aos bares de La Condesa, e ninguém sabia ao certo. Não havia a quem recorrer. Nem o taxista sabia! De fato o nome do bairro (segundo o mapa do metrô) era “La Condesa”, mas eu não via MOVIMENTO NENHUM! Na esquina havia um posto de gasolina (PEMEX, por aqui só dá ele!), e me informei com o FRENTISTA como chegar nas “baladas” (isso me lembra Guarapari/2004, mas é uma outra estória). Só sei que andei, andei, andei... por ruas um pouco desertas, escuras, buscando sempre caminhar pelos poucos pontos iluminados. Caminhei por mais de uma hora. Já eram quase 22h, quando infelizmente tive que desistir. Voltei à estação e peguei o metrô para o hotel. Cá estou. Vou me preparar melhor e tentar novamente amanhã. Agora, vou finalizando o relato, enquanto na TV um pastor brasileiro fala aos fiéis da “Iglesia Universal del Reino de DIOS” um portunhol PRA LÁ de macarrônico. Ele me motiva a não perder a FÉ! Boa noite, caríssimos irmãaaaaos...
Escrito na Cidade do México, madrugada de 03 para 04 de janeiro.
Postado em L.A.
Um comentário:
Em tempo... para deixar registrado que apreciei a companhia do casal brasileiro (catarinense) Ricardo e Juliana, e também do sueco Alvin (viajante solitário gente boa, que tirou algumas das fotos minhas), cuja versão feminina me agradaria com certeza muito mais, hehe
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