sábado, 15 de janeiro de 2011

Festa Estranha com Gente Esquisita...

....mas eu TÔ LEGAL! Ciclista por falta de opção, mas ciclista com Orgulho! Ciclista com Dignidadade! Clubber... bem, eu NUNCA serei um clubber! Mas vou seguir a cronologia dos fatos e falar disso mais pra frente.

Como eu disse ontem, sexta-feira ensolarada em L.A. ... a palestra de ontem na EF terminou por volta das 13:30h, e contou com a presença de um policial de Redondo Beach, que reiterou inúmeras restrições legais, punições, multas... e disse que sua jornada é de 12 horas por dia na sexta, sábado, domingo, e QUATRO dias de folga. Nada mal, não é? Principalmente se levarmos em conta que é a região mais tranquila da Grande Los Angeles.



Após a palestra, decidi pedalar pela orla de Redondo Beach, em direção ao aeroporto de L.A. Já sentia uma sensível melhora no meu condicionamento físico, e o trajeto plano também me ajudou bastante! No Pier de Redondo Beach, descobri um lugar chamado "Brixton", em que rolam vários shows... um deles será de Dick Dale, em 04 de Fevereiro! Mais pra frente, já em Hermosa Beach, pude ver mais de perto as casas de frente pro mar. Uma beleza! Muitos projetos arquitetônicos interessantes, alguns bonitos, outros nem tanto, do minimalismo ao rebuscado! (merece um passeio à parte, a pé, para tirar muitas fotos)Também conferi de perto o "Silvio´s" (restaurante brasileiro que de noite parecia abandonado), que parece uma boa pedida para as tardes ensolaradas. Neste pedaço que envolve Hermosa Beach e Manhattan Beach, além das casas arquitetonicamente interessantes, o movimento na praia em si era bem maior do que em Redondo Beach. Me senti na modalidade "patins" do famoso "Jogos de Verão" (versão da Sega / Master System para o clássico do Nintendo "California Games"). Ciclistas, patinadores, pessoas caminhando... e muita gente jogando beachvolley! A surpresa negativa ficou por conta de duas grandes usinas de geração de energia (uma delas da nossa querida AES, que herdou a Eletropaulo)... ainda preciso pesquisar sobre elas, pois certamente poluem muito mais do que somente a paisagem.





Chegando praticamente à frente do aeroporto, decidi voltar, pois o tempo era escasso e eu ainda tinha que me preparar pra baladinha em Hollywood. Pedalei então até Manhattan Beach e resolvi por em prática a genial idéia de conjugar bicicleta e ônibus... esperei pela linha 232 e, quando finalmente chegou... DUAS BICICLETAS OCUPADO O SUPORTE! Eu deveria imaginar que, nesses dias ensolarados ao final da tarde, TODO MUNDO teria a mesma idéia que eu! São só duas bicicletas por ônibus, então... lá fui eu ter que pedalar tudo de volta, via Sepulveda Boulevard (de Manhattan Beach). Por sorte, uns 20 minutos depois, vi outro ônibus 232 passando, e... SEM bicicletas! Wuhuuuuuuu... eu estava salvo! O engraçado foi ter que aprender na hora como usar o suporte, que estava recolhido... eu não conseguia colocar na posição correta por NADA! Graças a Deus o motorista era todo bonachão e, ao mesmo tempo que se divertia com a cena, tentava gesticular para me ajudar. Deu certo! Coloquei o suporte na posição correta e travei a roda da bicicleta com a ajuda dele! Ao entrar no ônibus... "I knew you could do it, man!"... hehe... negão gente boa!!!



Banho tomado, bicicleta estacionada na residência da EF, ônibus partindo... ao chegarmos no tal Avalon, ficou a dúvida... por que a EF cobrou US$ 40,00 se a porra do ingresso custava US$ 15,00 (com essa grana daria pra comprar 4 livros na Taschen do Farmers Market, como o do Kubrick, que eu levei...)? Hum... ok, entramos ainda no comecinho da balada (devia ser umas 22h). Lugar bonito, com vários ambientes, uma pista grandona e uma espécie de camarote cheio de almofadas. Mas o som... só música barulho eletrônico. No começo só dava a gente. Começou a encher... música estranha, gente estranha... muvuca na pista... pra ser sincero, parecia uma daquelas baladas cult do centro da cidade, misturada com um pouco da cafonice do "glamour" de uma Lov.e da vida. Muito homem... e a galera da EF se dispersou. Uma gostosa garota veio em minha direção: "Do you want pills"? Nem respondi. Outra gostosa garota veio em minha direção: "Do you have pills"? Na boa, por que algumas pessoas se esforçam para se tornarem débeis mentais por algumas horas? E ainda PAGAM por isso. Nenhuma interação entre as pessoas, cada uma "dançando" como macacos primitivos. Preconceitos à parte, não é minha balada. Honestamente, sou muito mais um Barramares da vida (isso mesmo, Axé de Porto Seguro, oxénti!) cheio de gente, música ao vivo, interação e "alto astral" (sei que soa meio "velho" com gírias idosas, mas sou CARETA sim, e COM ORGULHO!). Antes de sair mais cedo para caminhar pela Hollywood Boulevard, outra gostosa garota que estava freneticamente "dançando" como um chimpanzé veio em direção ao sofá em que eu estava sentado e de forma lúcida: "Did you see an iPhone here"? IMBECIL! De tanto se esforçar para se imbecilizar, CONSEGUIU! Gozado que, de "louca alucinada rainha da pista" ela se transforma numa pessoa lúcida quando percebe que fez merda e perdeu o "stmarphone" caro... trouxa, vai ter que vender "lots of pills" pra cobrir o prejú! Well... balanço final: valeu a pena, deu pra sair com a galera e conhecer um dos "clubs hollywoodianos". Decepção similar à de Eivissa. Não pretendo voltar.





De volta à residência, por volta de 3h, resolvi aceitar o convite e pousei por lá mesmo, assim como a brasileira Maricélia e as francesas Emma e Estelle. Amanheceu outro puta dia ensolarado, voltei pra casa para me alimentar e trocar de roupa e, por razões óbvias (esse texto ficou muito grande, apesar de eu escrever rápido), ficarei devendo a "translation" (essa sim demorada) do post de hoje... vou aproveitar o dia! Não sei ainda como, nem onde, anyway... FUI!

Sorry, buddies... no translation today for this post!

PS: EDIÇÃO de 16.01.2011:
Me desculpem, amigos, mas SENTI necessidade de postar uma citação que eu havia esquecido de incluir no post (sobre a qual fiquei pensando em todo o caminho de volta da pseudo-balada):

Kristian Wilson, Nintendo Inc, 1989
"Jogos de computador não afetam crianças. Quer dizer, se o Pac Man tivesse nos afetado quando éramos pequenos, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas."

2 comentários:

mamis_mara disse...

Vai voltar magrinho pedalando desse jeito!!!
Bjão

Carlos Martinelli disse...

Hehehe, vou mesmo... mas já estou tratando de arrumar uma academia para treinar hipertrofia... bjaum!