quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

UFC 142 - RIO

14.01, oitavo dia de viagem. Depois de uma noite pra lá de bem dormida, LAN-HOUSE matinal e almoço no apê, fui pro Windsor já de tarde. No Solário, tive a honra de conhecer a campeoníssima Cris Cyborg, cumprimentar o já "recuperado da pesagem" Felipe "Sertanejo" Arantes e toda a Equipe Chute Boxe, incluindo a lenda viva ("Pride and UFC veteran") Jorge Patino "Macaco". A vista que se tem lá de cima eu trago a vocês abaixo, e dispensa comentários.




Do Windsor, pistop no apê que os caras alugaram, e olha... que vontade de fugir de Sampa pra morar na Barra... vista linda e de frente pro mar! Mas enfim... isso é detalhe... o grande acontecimento do dia, mesmo, CLARO que foi o UFC Rio... que, como vocês puderam acompanhar pela Globo, NÃO DEIXOU NADA A DESEJAR!


LUTA 1 - Felipe "Sertanejo" Arantes x Antonio "Pato" Carvalho
Logo na primeira luta já deu pra sentir a diferença entre um UFC no Rio de Janeiro e um UFC em Las Vegas. Claro que ver o evento na "Sin City" seduz e impressiona por n outros motivos, mas em termos de TORCIDA... aqui no Rio de Janeiro é mesmo de ARREPIAR! Não há torcida como a brasileira, FATO! E a galera praticamente "entrou no octagon" com o Felipe! Hahaha, como bom vegetariano que sou, vocês devem saber que só mesmo um guerreiraço como ele para me fazer entoar "Sertanejo, Sertanejo" (nada contra, afinal de contas... ele é lutador de MMA, sua carreira não tem nada a ver com rodeios). E olha... luta de TIRAR O FÔLEGO! Felipe mostrou que tem muito CORAÇÃO e RESILIÊNCIA, atitudes indispensáveis para um grande lutador do UFC. Baita poder de recuperação após um primeiro round beeeem complicado... em que (sabe Deus como) conseguiu escapar de uma montada e voltar pra luta. Segundo e terceiro rounds com superioridade total e algumas cotoveladas... vitória garantida por decisão unânime dos juízes. A primeira vitória brasileira animou a platéia, contentou toda a equipe que estava com a gente e, claro, meu querido "Mr. Spaghtti Notte" satisfeitíssimo com o patrocínio bem-sucedido e vitorioso.


LUTA 2 - Ricardo Funch x Mike Pyle
Lamentável. Uma pena, mesmo o resultado da luta... decidida rapidamente em favor do americano por mérito próprio, TKO arrasador. Talvez irritado com tamanha vaia de recepção, quis tirar uma onda com a torcida. Deu "reboladinha" em frente à "vítima", ficou ironizando um "pedido de desculpas" e, de forma condenável, alguém tacou algum objeto (não deu pra ver tão bem o quê lá do fundo da arquibancada, hehe) que acertou em cheio pouco antes do sujeito deixar a arena. Todo mundo errado... o torcedor "atirador", o lutador "irônico", e me pergunto... o público em geral precisa mesmo vaiar tanto os gringos? Sei lá... torcer pelo Brasil é legal, etc... mas algo que observei nos EUA é mais legal... uma admiração também por lutadores de outras nacionalidades... tanto é que (carismas à parte, hehe) o cara mais aplaudido DISPARADO no UFC 132 foi o Wand. Brasileiro. Em Las Vegas.

LUTA 3 - Yuri Marajó x Michihiro Omigawa
Começo claramente superior do brasileiro, por sinal primeiro algoz do Felipe no primeiro UFC Rio. A preocupação da torcida foi no terceiro round, em que ambos pareciam exaustos, quase "se arrastando" no octagon, com golpes abertos passando no vazio, etc... mas não deu outra: vitória nossa por decisão unânime.


LUTA 4 - Gabriel "Napão" Gonzaga x Ednaldo Oliveira
Muito bom ver um grande lutador como o Napão, autor de um dos nocautes mais marcantes do UFC, sobre o striker campeão do K1 Mirko Crocop, se recuperar no undercard do evento após duas derrotas consecutivas. Uma pena que tenha sido sobre outro brasileiro, aplicando um Mata-Leão e acabando com sua invencibilidade no esporte.


LUTA 5 - Thiago Tavares x Sam Stout
Outra luta parelha, decidida pelos juízes em favor do brasileiro após 3 rounds bem equilibrados. Ótimo para nosso veterano do UFC, em que acumula mais de 10 lutas, e que logo deve merecer uma disputa pelo cinturão. Por que não?


LUTA 6 - Edson Barboza x Terry Etim
Sem comentários. A primeira luta do maincard e da transmissão da Globo não poderia ter sido mais impressionante: Nocaute da noite com um chute rodado cinematográfico que com certeza entrará pra história não só do UFC, mas do MMA. Plasticidade e Eficiência, tudo de que um show como o UFC precisa.


LUTA 7 - Carlo Prater x Erick Silva
Interrupção polêmica do já consagrado Mário Yamasaki. O público vaiou, depois de, assim como o Erick, por um belo instante ter achado que a vitória havia sido dele, por nocaute arrasador. Mas me pergunto... se houve golpes ilegais, por que o árbitro demorou tanto a intervir? Uma pena, pois o combate prometia, e muito. E achei que no fim das contas seria decretado um "No Contest", mas não vitória pro Carlo. Torcida ficou muito insatisfeita... acho que, além de Galvão Bueno, o Mário talvez tenha sido o único brazuca vaiado no HSBC Arena... algo que se repetiu ao início da luta do José Aldo, também arbitrada por ele.


LUTA 8 - Rousimar Palhares "Toquinho" x Mike Massenzio
Marca Registrada. Chave de Calcanhar mais refinada que já vi... me fez lembrar a noite de 12 de Junho (calma, galera, não pensem bobagem...) de 2007, data em que Toquinho se sagrou campeão do FURY FC Grand Prix, depois de levar embora os pés de Fábio Negão (pouts, que se contundiu feio, por sinal) e do chute boxer Daniel Acácio, imediatamente migrando pro UFC. Aliás, depois de NOVE lutas (com sete vitórias e duas derrotas pra lá de injustas, na minha humilde opinião), o que mais falta para um "title shot"? A grande desvantagem dele em relação ao Anderson Silva é a envergadura, maaaas... se conseguir uma quedinha somente, dali seria meio caminho andado pra mais Heel Hook. Resta aguardar.


LUTA 9 - Vitor Belfort x Anthony Johnson
Não seriam "5 míseros kilinhos a mais" que assustariam nosso "Phenom", que é veteranAÇO do UFC desde os tempos em que não havia divisão por categoria de peso... desde 1997, pra ser mais preciso (contrariando, portanto, o chavão galvãobuênico de "Gladiadores do Terceiro Milênio), quando levou o cinturão em cima do "pit fighter" Scott Ferrozzo e logo em seguida massacrou ninguém menos que Tank Abbott, outra figurinha carimbada do UFC. No entanto, a luta não foi fácil não... O nocauteador americano chegou a encaixar alguns golpes, e ambos os lutadores frequentemente golpeavam o vazio... mesmo com um olho fechado, no entanto, prevaleceu a técnica do Vitor que, no melhor estilo jiu-jitsu, finalizou com Mata-Leão pra loucura da galera, a 10 segundos do fim do primeiro round. Era o "co-main event of the evening". Depois dele, a tão aguardada disputa de cinturão


LUTA 10 - José Aldo x Chad Mendes
Falaram tanto na tal invencibilidade do Chad Mendes... no fim das contas, depois de muito tempo com os dois se estudando, Aldo mostrou que, além de humilde e gente boa, é definitivamente o melhor e mais técnico da categoria: campeão com todos os méritos, fez uma ótima defesa de queda e emendou uma joelhada devastadora. Aí o resto vocês já sabem... "eu vou pra galhéeeeera". Eu eu sou pé quente, hehe... óia só...


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