sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

12o. e ÚLTIMO DIA

18 de Janeiro, quarta-feira. Último dia de viagem ao Rio de Janeiro. Visita no fim de tarde à Sony Music. Que por sinal fica na Torre Rio Sul, junta ao Shopping, a 10 minutos de caminhada (e um túnel) do apartamento. MUITO legal a conversa, as pessoas, o ambiente, a empresa. Deu um gosto bom de nostalgia dos tempos de Wilshire x Santa Monica, Beverly Hills, "license agreements" e etc... quem sabe mais pra frente eu não tenha boas novidades?


Ao final da viagem minhas impressões sobre o Rio de Janeiro estavam completamente mudadas. "Cidade Maravilhosa?", eu vivia me perguntando desde a minha primeira visita ao Rio. Se já me manifestei aqui quanto a fazer "críticas de Arquitetura", não esperem que eu incorpore "O Urbanista"... meu olhar é de turista, "estrangeiro", e o que me limito a dizer é a de que a Cidade está sim, aos meus olhos, mais Maravilhosa do que nunca! Pude caminhar (e como!) pela Zona sul, tanto pela orla quanto pelas ruas, e me senti muito seguro. Mais do que me sinto em São Paulo, por sinal. Na praia rola um pouco de "farofagem", mas é normal, haja visto que a ocupação é bastante densa, concentrada, edifícios "aglutinados" quase sem recuos. Algumas ruas têm aspecto "sujo" (especialmente em Copa, lamento constatar, hehe), mas o fato de serem bastante arborizadas amenizam consideravelmente. A Barra da Tijuca também é segura, porém não muito adequada para grandes caminhadas. É feita e projetada pra CARRO. Ponto. Até por isso, os edifícios são mais "espaçados", há recuos e ocupação menos densa. Além disso, as ciclovias e pistas de caminhadas estão lá presentes...

...aliás, que inveja dessas ciclovias!!! É possível pedalar por elas do Leblon até pelo menos o centro do Rio! Passando pela orla até o Leme, cruzando o túnel, seguindo por Botafogo, Flamengo... que inveja! E pros mais encorajados a dividir túneis e avenidas com automóveis, dá pra ir sim do Leblon pra São Conrado, de São Conrado pra Barra. Vale lembrar que para isso é necessário (mesmo de carro, bus ou pogobol) cruzar o que chamavam (em 2001, quando fui ao Rock in Rio, hehe) de "Faixa de Gaza", ou seja... O morro do Vidigal e a Rocinha. Bicicletas, caminhada, a orla... o estilo de vida da cidade também é bem mais leve e saudável. Barracas e mais barracas de sucos, frutas, etc... Há sim, apesar de fama de violência, qualidade de vida elevada.

Cidade Maravilhosa? Adicione a tudo isso que falei o fato de estar bem próxima a Niterói (também muito bonita), e de ser privilegiada pelo relevo, praias, curvas, presenteando-a com belezas naturais responsáveis pelas composições de DEZENAS de cartões postais. É uma cidade de cartões postais. FATO. E tem uma trilha sonora riquíssima como fundo musical a tantas vistas belas. Talvez com um pouco de sorte, escutei muito pouco "funk carioca" pelas ruas, pelos lugares em que circulei... pelo contrário, até consegui ir ao show do Chico! É uma cidade muito musical e de efervescência cultural. Berço da bossa nova. Cenário de "Noites Tropicais", um dos meus livros favoritos. Cidade Maravilhosa, sim.

Ao invés de pegar o night bus decidi pernoitar e fazer a viagem pra São Paulo no dia seguinte. Uma das pequenas vantagens de se viajar by bus é essa... liberdade total, sem se preocupar com horários de check-in, voos, embarque/desembarque, multas de reagendamento, etc... a gente volta a hora que quiser, quando decidir voltar. De dia o entorno da Rodoviária do Rio é bem tranquilo, mas de noite? Com mochilão e cara de turista? Resolvi não arriscar. No dia seguinte voltei a Sampa, e o "End of the trail" foi com uma chuvinha bem "pentelha". Welcome back to "Terra da Garoa".

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