segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"O" by Cirque du Soleil

A minha primeira viagem aos EUA foi em 1991. Aos 9 anos de idade, o ingenuozão aqui se encantou, entre tantos outros parques, com a tal da "Shamú" e seu SEA WORLD. Nem fazia idéia do quão nocivo e anti-ético era manter golfinhos, "seals" e baleias, eu disse BALEIAS em tanques minúsculos se comparados à vastidão dos Oceanos, seu hábitat. Um verdadeiro circo aquático tão "apriosionante" (existe essa palavra? ou é mais um neologismo criado neste blog? hehe) quanto os que escravizam elefantes, leões, tigres...



...pois se uma das tantas marcas do Cirque é o fato de não fazerem uso de animais... tá mais do que comprovado que ESPETÁCULO CIRCENSE DE VERDADE se faz com ARTISTAS de verdade. Mesmo quando o show é aquático! Principalmente quando o show é aquático. Não por acaso, é o mais procurado, caro e, ao lado de Kà, o mais famoso e comentado entre os espetáculos do Cirque em Las Vegas.


Muito mais valioso do que ver baleias sendo obrigadas a fazer acrobacias NADA naturais em troca de sardinhas é ver atletas/artistas devidamente pagos e treinados interpretando criaturas exóticas, mágicas de outro mundo, outra realidade!




Difícil mesmo escrever sobre o espetáculo... além da beleza estética... algo que seduz e retém toda a atenção é a grande curiosidade... DE ONDE SAEM as criaturas aquáticas??? Com um tanque de água que vira palco/tanque/palco/tanque... "sereias" e outros seres vêm sabe Deus de onde, nadam, mergulham, fazem números na superfície, submergem novamente e desaparecem... assim como a água, que seca e vira palco. Embora envolvido pela magia, ainda assim fiquei tentando pensar em como teriam bolado a tecnologia para tornar aquilo tão real. Não só pelo tanque água cuja profundidade muda a cada instante, mas também pelo figurino... trajes tão bonitos e funcionais, possilitando aos artistas fazerem todos os movimentos dos números com extrema perícia.


Aliás... QUE NÚMEROS! Que me perdoem as atletas olímpicas de nado sincronizado e saltos ornamentais, mas... embora eu seja "o rei das modalidades lado B" (adoro acompanhá-las nas Olimpíadas), depois de assistir "O" já não terei mais o mesmo interesse. É aquela "velha história"... a arte do Cirque faz com que esqueçamos que tratam-se de números de alto grau de dificuldade... as criaturas voam, não saltam... talvez a parte mais legal seja mesmo a do "balanço-trampolim"... com duas engenhocas, uma de cada lado do palco com mergulhadores saltando sem parar, dando mortais e acrobacias até "acertar" o tanque, "estreito" (se comparado a uma piscina) pro tipo de mergulho e, pelo jeito, bastante profundo.



E não se esqueçam... é um CIRCO, portanto... TEM que ter um palhaço, um "clown"... que faz um show à parte! Outro destaque também fica para o homem que pega fogo enquanto lê o jornal... dá uma agoniiia...


Por mais que eu tente em vão comentar e postar fotos, não tem jeito... só mesmo assistindo AO VIVO é que dá pra ter uma noção completa da experiência. Como da outra vez, no primeiro show do Cirque que eu assisti em Vegas... volto a repetir e agradecer por sua arte ser tamanha fonte de inspiração. "O" é mesmo genial, fecha com chave de ouro a série de espetáculos que assisti!



PÓS-SHOW - MARQUEE

Saindo do "O" tentei correr para a Haze, no Aria, no intuito de chegar antes da meia noite para usar uns VIPs que eu tinha pra casa. Não deu. Inda chorei um descontinho q mudou de US$ 40 pra US$ 30 a entrada, mas no fim das contas me interessei mais pra ir pro Marquee, no Cosmopolitan, US$ 20 com uma bela vista da Boulevard de seu terraço. Como "What Happens in Vegas Stays in Vegas", não darei muitos detalhes da minha última noite não... rs... mas eu diria que meus amigos fizeram muita falta. Teria sido mais legal poder celebrar e causar um pouquinho com eles.



Escrito em Miami, postado em Sampa
site com review do show - http://www.apparenting.com/review_cirque_du_soleil_o.html

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