WELCOME CORENTIN & FELIPE!

Como dito no meu último post sobre o carnaval, o grande momento da semana seria mesmo depois da quarta-feira de cinzas. Na quinta-feira, receberíamos a visita em Sampa de dois companheiros de Intercâmbio da EF de Los Angeles... diretamente da Bélgica, o Corentin, e, de Vitória, ES, o Felipe.

Mais do que um reencontro nostálgico, o fato de "ciceroneá-los" seria uma grande oportunidade de eu exercitar meu "olhar de estrangeiro" na minha própria cidade, esta metrópole que tanto assusta quanto seduz, São Paulo. Para quais lugares eu os levaria? Onde estaria sua beleza a ser mostrada? Resolvi não fazer muitos planos e seguir o que desse na telha.

Quinta-feira pós carnaval, 23 de Fevereiro. Por volta da 1 da tarde os dois desembarcaram no Terminal Rodoviário Tietê. De lá então resolvi levá-los para comer alguma coisa no Mercado Municipal: já conheceriam um pouco o centro da cidade, um edifício antigo e de importância histórica, além de matar a fome com um dos sandubas tradicionais. Na mosca. Com uma pequena "licença poética" ao vegetariano aqui, recomendei a eles o sanduba gigante de mortadela. Estômago cheio e seguimos viagem.

Tentei passar por alguns pontos de interesse no centro, mas errei umas 287623345 o acesso à rua Líbero Badaró... rs... pelo centro estou acostumado a andar a pé, mesmo... uma região claramente mais adaptada para o pedestre. Enfim... passamos "ida e volta" pela "freeway paulistana" 23 de Maio, mostrando do carro, mesmo, o que era possível ver do Vale do Anhangabaú, Viaduto Sta. Ifigênia, Prefeitura e Teatro Municipal. Parei alguns minutos da Estação da Luz, Pinacoteca, e de lá fui voando (correndo contra o relógio e também fugindo da chuva) para o Museu do Futebol.

Que lugar fantástico! O bom de recebermos amigos viajantes é que acabamos descobrindo lugares interessantíssimos onde moramos mas que, geralmente, acabamos deixando para visitar depois... depois... depois...

O museu do futebol é mesmo interessantíssimo! Sinto-me envergonhado de ter levado tanto tempo para visitá-lo. O preço é pra lá de popular: R$ 6,00 regular, R$ 3,00 estudante. Sabe-se lá por quê (talvez por ser dia de jogo, Palmeiras x Oeste, mais precisamente, hehe), no dia a entrada era gratuita. Em dias comuns, é possível ter acesso e visitar parte da arquibancada. Em dias de jogos, o acesso é fechado. De qualquer forma, o mais legal são mesmo as salas, as instalações, as diferentes exposições. Muita criatividade! A sala "Exaltação" foi, de longe, a que mais mexeu comigo. Mesmo estando acostumado a visitar instalações em museus e mostras por aí... presenciar um verdadeiro "curta-metragem" de torcidas ser transmitido nos painéis em meio às estruturas da arquibancada é realmente uma experiência sensorial única e emocionante! Nos transporta para dentro das torcidas! A sala seguinte, "Origens", também é marcante... retrata a sociedade, o contexto histórico brasileiro de fins do século 19 e começo do século 20, ajudando a entender o surgimento do futebol e sua influência para a formação cultural do nosso país. Enfim, sua importância antropológica para o povo brasileiro. Recomento MUITO a TODOS que invistam 2 ou 3 horinhas e visitem este maravilhoso e nada cansativo museu.

imagens acima retiradas do site oficial
site oficial do Museu do Futebol - http://www.museudofutebol.org.br/

Lá pelo fim de tarde comecei o trajeto para minha casa... passando por um pequeno trecho da Avenida Paulista e toda a Rua Oscar Freire no quadrilátero dos Jardins. Última parada antes da pousada: Parque do Ibirapuera.

O que rolou foi mais uma espécie de "sightseeing", mesmo... já era tarde e o MAM estava fechado. Mas não nos impediu de fotografar e caminhar pelos prédios (Bienal, MAM, Oca, Auditório) entre os portões 3 e 1/2.

Já escurecia e viemos finalmente comer alguma coisa, descansar um pouco, tomar um banho e sair pra Vila Madalena. A primeira grande "atração turística" da minha casa foi mesmo o bar... rs... tanto Corentin quanto Felipe (mais o primeiro, na verdade, hehe... o segundo não bebe) se admiraram bastante com a bela coleção de garrafas, algumas ainda cheias, outras nem tanto. E, claro... o lanche com meus pais e irmã rendeu muita conversa, boa parte em Inglês macarrônico, risadas e troca de conhecimento, visões, experiências. Um verdadeiro intercâmbio. Ótimo aquecimento para a ida à Vila. Embora tarde (depois de 2 ou 3 tentativas, uma delas no Tribunal, já fechando), acabamos conseguindo mesa no bom e velho "Quitandinha", "abrigo eterno" pros mais retardatários. Em frente ao Genésio e ao lado do Filial, fica na estratégica esquina da Aspicuelta x Fidalga. Ainda fomos agraciados com as ilustres presenças de Rodrigo Capella (na mesa ao lado) e Dòn Stéeeeeeeeeeefano (na nossa mesa, claro! hahaha). Ainda rendeu conhecer um britânico doido, o Andy, e seu amigo mochileiro australiano. Corentin se encantou com uma certa "Fernandinha", mas isso é outro papo! kkkkkkkk... ah, e o resto da galera EF de Sampa? "Sumiu, ninguém sabe, ninguém viu".

Next stop... PARADISE!