terça-feira, 31 de dezembro de 2013

OFF-TOPIC = UFC 168

Sabia que seria difícil conseguir assistir o UFC 168 numa cidade qualquer do interior da Turquia. Mas tinha esperanças... me recordando da disputa de Cinturão entre Cigano e Frank Mir transmitida em bares de Montevidéu. Só que na boa... não imaginei se tratar de uma Missão (quase) Impossível.

Cannakale... imagina Juquehy... não. Juquehy é uma metrópole se compararmos. Imagina Barra do Una... também não. Imagine a Juréia do Litoral Norte. Nem isso! Cannakale à noite só não é mais deserto do que as praias de Trancoso. ZERO cafés, bares, almas vivas nas ruas...

...fui salvo pelo computador do Hall. Tendo acordado às 2:30hs, em plena madrugada, monopolizei. E nenhum dos brasileiros da excursão parecia se importar com a luta. Normal... ninguém em sã consciência imaginou que conseguiria assistir naquele fim de mundo lugar. Vitória de Patolino... Tibau perdeu... assim como os brasileiros Diego Brandão e Fabrício Camões. 3 a 1. Tudo bem, desde que o Anderson recuperasse o cinturão, após a dificíl defesa de título da Ronda, pela primeira vez chegando a um terceiro round.

Sem comentários... dia mais triste no esporte brasileiro, de que me lembro... desde 01 de Maio de 1994. Me despedi do mar e pegamos a estrada... relatando a cada um dos brasileiros incrédulos o que havia acontecido com o nosso campeão.


2 - CANNAKALE e Troia!!

28.12 = 3o dia.

Um dia ainda escreverei um post com total repúdio à agência brasileira Século XXI e à (gigante) operadora turca "DORAK TOURS". Enfim... depois de acordarmos cedíssimo e estarmos prontos às 7:30hs da manhã no hall do Hotel para esperarmos pontualmente pelo "Ônibus 1"... embarcamos e ainda demoramos meia hora para sair... até que desistiram de aguardar pelo "casal desaparecido". Pelo caminho, descobrimos que faríamos uma "parada breve" pelo aeroporto para pegar malas extraviadas de 2 passageiras. Hum... até aí tudo bem, vai... lembra das tais "vantagens e desvantagens" de se viajar em grupo?...

...acontece que o que seriam "no máximo 15 minutos" viraram 2 horas. Segundo dia de viagem e já passamos por esta situação. O guia turco, tal de "Sanjar" (sei lá como se escreve) não dava satisfação, dava de ombros, e procurava circular para não ser questionado... uma moça brasileira que parecia ser guia (que em nenhum momento se apresentou para nós) reapareceu depois de muito tempo, carregando uma das malas. 2 horas depois. Isso mesmo... 2 horas desperdiçadas no aeroporto de Istambul por pura incompetência da Século XXI e DORAK TOUR, agindo de má fé, nos fazendo de bobos, sem nos informar ou deixar a par da situação, e o pior... enquanto os outros 2 ônibus seguiam viagem. Fomos "premiados"! Depois descobrimos que uma das donzelas era justamente a mãe da "Guia" Patrícia. Enfim...

...após batermos muita boca com o guia e quase sairmos literalmente na porrada, os ânimos se acalmaram, pegamos a estrada, segundo ele, "por atalhos" para alcançar os outros ônibus... sem parada para almoço, apenas um pitstop rápido num lugar bizarro (veja a foto) e, por questão de 2 minutos, conseguimos chegar à balsa juntamente com os outros ônibus, pegando a saída das 14hs. Não perdemos POR POUCO! Ainda assim... melhor seria se tivéssemos chegado com calma à singela (e, convenhamos, quase sem graça) "Gelibolu" e almoçado por ali... um lugar a mais para conhecer.


TRAVESSIA e TRÓIA - Poucos minutos depois já cruzávamos o um canal do Mar Egeu e chegávamos em algum lugar de Çardak. Pela primeira vez na vida eu estava em continente asiático. Mais um pouco de estrada e paramos para a visita à Tróia! Lá é legal... tem uma espécie de réplica de madeira do cavalo logo na entrada... e passeamos então pelo sítio arqueológico, nem tão bem conservado. Mas ainda assim é de impressionar... 2 ou 3 mil anos antes de Cristo... ruínas de muralhas, fortificações e as "camadas" das diferentes fases da cidade (entre invasões e novos povoados). Ainda assim... o ponto que mais chama atenção e recebe fotografias é a réplica do famigerado Cavalo de Tróia.





Passeio de pouco mais de 1 hora. Às 16:30hs pegamos estrada de novo para pernoitar em CANNAKALE. "Iris Otel", de frente pro mar. Não que fosse muita vantagem, em pleno inverno... mas deu pra ver um pôr do sol bonito, do pier. NADA em volta. Apenas pequenas casas, aparentemente de veraneio. Movimento ZERO na rua. Sem chance de assistir ao tão aguardado UFC 168, revanche entre Anderson Silva x Chris Weidman. Jantamos e fomos descansar (rolando um Passa ou Repassa com sósia do Wager Moura...).


1st STEP - Istambul

26.12 = Dia 1... vôo diurno pra Constantinopla! Digo... Bizâncio! Digo... Istambul!

Primeira vez que vôo de Turkish e... 100% aprovado! Avião muito bem conservado... assentos confortáveis... e o tal do "Entertainment" muito bom, + de 100 filmes e discos de Rock turco! hehe... fui escutando pelo (longo) caminho!

Chamaram a atenção...
1) Sebnem Ferah - Benim Adim Name (lembrava um pouco Evanescence, hehe)
2) Athena - Pis
3) Mor ve Ötesi - Mausmiyetin Ziyan Olmaz

Chegada a Istambul já de noite... foi quando logo conhecemos nosso "guia" Ufuk (sei lá se a grafia correta é esta...). 1a. impressão não muito boa... preocupação grande em vender passeios... lembrava um pouco o tal do "Gari"... (guia espanhol de viagem que fiz pela Alemanha em Julho de 2010... antes, portanto, do "debut" deste Blog. Boas estórias para contar pessoalmente). Quis empurrar um "city tour" no dia seguinte por pontos turísticos que se conhece perfeitamente a pé... no centro de Istambul, a poucos minutos de caminhada do Hotel (Zurique). Até aí tudo bem... o FODA ruim foi ter mentido pra moça que perguntou sobre o Cruzeiro pelo Estreito de Bósforo... "Não, é inverno e não se vê nada. Nem fazem este cruzeiro nesta época". Tudo para (tentar) arrebanhá-la para o superfaturado caro city tour. Não deu certo.


Tiramos a foto acima, comemos uma coisinha e fomos dormir, para acordarmos bem dispostos para a caminhada no dia seguinte. Ao menos tentamos dormir bem... no hotel havia uma "boate" bem barulhenta.... lembrava um pouco o tal do "U BAR" que "enfrentei" no Hostel de Melbourne.

27.12 = Dia 2... ISTAMBUL! Finally...

...Que city tour que nada. Fazer excursões têm vantagens e desvantagens. Conhecer novas pessoas... socializar... ir "direto ao ponto", etc... por outro lado, esperar pessoas atrasados, ter que ficar nos lugares o tempo que mandam, menos autonomia, menos interesse individual em prol do grupo. As primeiras não compensavam as segundas, uma vez que a tal da "região do Topkapi" parecia bem perto do Hotel. E era. Saímos caminhando e seguindo a placa... sem saber, alguns bons minutos mais à frente, que as placas nas ruas que indicavam "Topkapi' na verdade se referiam a um bairro ou coisa do tipo... não ao Palácio, este sim, próximo ao "Sultah Ahmet" e as principais atrações de Istambul. Enfim... fomos enganados e caminhamos um pedaço no sentido contrário! rs... percebi pelas estações de metrô que não correspondiam ao mapa. Mas foi bom admirar algumas mesquitas não tão famosas quanto belas pelo caminho. Enfim... uns guardinhas nos ajudaram, com $3 por passagem (não tem baldeação metrô-bonde, ela é paga) tiramos o atraso e chegamos rapidamente ao centro.



1a. parada. Praça Sultanahmet = Hipódromo e Santa Sofia... não me lembro com riqueza de detalhes (lembre-se... é um post.umo, rs) a restrição de horário, mas deixamos a Mesquita Azul para depois por este motivo. O obelisco é a principal marca do primeiro... os mosaicos, da segunda. Portas gigantescas... andaimes fazendo uma reforma... os tais discos caligráficos... mais mosaicos... camadas de mosaicos... cúpulas. Tem também uma linda praça na frente, entre ela e a Mesquita Azul.





2a. parada = Cisterna da Basílica. Baita anticlímax em relação à pequena porta do lado de fora da rua... uma portinha, uma escada, e então... uma beleza subterrânea ímpar com formato de "circuito"... poucos minutos, belas imagens, umas cabeças meio estranhas de medusa... colunas e arcos... com a bela iluminação refletindo n´água repleta de carpas... preencheu muito bem o horário até podermos nos dirigir à Mesquita Azul.


3a. parada = Mesquita Azul. Do lado de fora, ouve-se de longe o sermão, ou culto, ou missa, ou canto, ou coisa que o valha pelos "megafones" pendurados em cada um dos 6 (isso mesmo... SEIS) minaretes que são marca da Mesquita. Calçados tirados, turbante na cabeça da mulherada, pantufa no pé. "Pseudo-velas" penduradas, mais cúpulas... uma área restrita aos "fiéis" (se é que esse termo se aplica), separada do "circuito" dos visitantes. E também há uma área separada para mulheres rezarem. Enfim... é BONITA!




4a. parada = Palácio Topkapi. GIGANTESCO! Impressionante a sensação de caminhar pela antiga residência dos tais sultões. Jardins, um harém, exposições de armas, materiais, pavilhões, quartos... e os tais "Tesouros de Topkapi". Cá entre nós? Muito legais maaas... um pouco "suspeitos". Aquele turbante era foi mesmo de Abraão? Aquele cajado foi mesmo de Moisés? Enfim... a bela vista de Istambul Asiático e do Estreito de Bósforo sob o crepúsculo do pôr do sol é real e belíssima.





5a. parada = Grand Bazar depois de pitstop estratégico num Subway! hehe... mas achei ele um pouco fraco. Galeria Pagé dá um pau! rs... lá há alguns artesanatos legais, um pouco de jóias e roupas... enfim... quanto ao resto, 25 de Março é melhor!


Primeira impressão de Istambul excelente! Cidade com pontos históricos mas ao mesmo tempo muito bem cuidada, conservada e principalmente LIMPA! Quase tão movimentada quanto o centro de São Paulo mas LIMPA! Rolou até um "bandejão na rua" entre os "cultos" da Mesquita Azul... com fila organizada, recolhimento de lixos, etc... enfim. De volta ao hotel, tentamos ainda ir atrás do tal do "Jantar na Torre Gala", tão bem recomendado pelos nossos pais mas, segundo a (suspeita) "concierge" do Hotel, este jantar não existe mais... ofereceu outros jantares "típicos" (pra turista ver) como "Soltana" e etc... mas traslados gratuitos do Hotel já haviam encerrado... jantares com "shows de dança" começam cedo... pegaríamos iniciados e depois de buscarmos algum táxi... esquece. Dormir após a longa caminhada para acordar cedo no dia seguinte, deixando Istambul com direção ao lado asiático da Turquia.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

10 days in TURKEY!


"Post.umo"

Caros... como alguns de vocês sabem, nossa "tão sonhada" viagem a Turquia foi adiada após um pequeno litígio com um destes sites de compra coletiva... que acabou nos rendendo uma belíssima e compensadora indenização... que, por sua vez, dobrou a duração da viagem originalmente planejada e a jogou para o Réveillon. Que se inicie a Série!!


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Últimas 24 horas em Sydney e na Austrália

05.04 - 25o. Dia de Austrália

No começo da tarde eu já desembarcava e pegava o trem do aeroporto pra Sydney. Ao invés de seguir direto pra Manly, desci em Wynyard para dar uma última volta em Darling Harbour, região de que gostei bastante. Pus minha bagagem (de mão) num locker que fica no Sealife (funciona até as 19hs), e fui então conhecer por dentro o THE STAR. É mesmo um cassino muito luxuoso e quase comparável ao Crown, de Melbourne. Ainda assim há pouquíssimas lojas e alguns bares/restaurantes. Os espaços destinados aos jogos são sim no padrão de Vegas, há um teatro em que se apresentam shows/musicais e o bar que mais chamou a atenção foi o "Sports Bar 24/7" que, como o próprio nome diz, funciona 24 horas por dia, não fecha nunca.



Segui caminhando pelo Darling Harbour, descobri o Tumbalong Park, e voltei por Downtown para ir me despedindo aos poucos de Sydney, até chegar ao Circular Quay. Em algum lugar do caminho (acho que Market x Pitt) passei por um artista de rua que estava tocando, curiosamente, "Mr. Jones", a música que ficou faltando no show dos Couting Crows em Byron Bay. Ironia de que o ciclo se completava e fechava, rs... tinha mesmo que voltar para casa.




Fiz minha última comprinha no ALDI: potes de hommus dip e bolachinhas de arroz com seaweed para levar pro Brasil. Comi algo antes de sair para caminhar pelo Corso... ainda tentei "perseguir" uma espécia de castelo iluminado que se destacava no alto do morro... mas desisti. Dei uma última passada pelo PUB do Hotel Steyne antes de dormir. O dia seguinte seria movimentado.

06.04 - FAREWELL - Quem foi que disse que o dia da volta é um dia desperdiçado? Nada disso. Acordei às 5hs da manhã (somente por desencargo de consciência)  para terminar de ajeitar malas, comer uma coisinha e sair às 7hs para fazer a tal trilha de Manly, saindo de Manly Cove até a ponte  "The Spit". A "Manly Scenic Walk" é heterogênea e passa por diversos tipos de paisagem: pequenas praias, falésias, rochedos, mirantes, reservas florestais, e até mesmo um sítio arqueológico aborígene. Alguns pontos principais, na sequência: Fairlight Beach - com sua piscina natural (1), North Harbour Reserve (2), Forty Baskets Beach (3). Depois a trilha passa em meio ao Sydney Harbour National Park, de onde é possível acessar a Reef Beach (4), e se segue por uma longa trilha "no meio do mato", em que se encontra esporadicamente com esportistas fazendo jogging. De lá há vistas maravilhosas de Sydney, desde Manly Cove até os skyscrapers de Downtown. Os dois pontos mais legais são a Crater Cove (5) e a praia de Castle Rock (6).








Depois de Castle Rock a chuva apertou um pouco e tive que acelerar o passo, tanto pra fugir da mesma quanto pra não me atrasar em relação ao horário do voo. Depois de longa caminhada - uma parte pela rua - a praia seguinte em que cheguei foi a Clontarf Beach (1), praticamente "grudada" na praia de Sandy Bay (2), seguida de Fisher Bay (3). A Manly Scenic Walkway chegava ao fim na The Spit Bridge (4), pouco mais de 3 horas depois. 






De lá segui caminhando, mesmo, pelas ruas residenciais de Manly, até chegar na Harvey Norman para arrematar um scanner de slides de AU$ 70 por AU$ 50 - graças a um empenhado vendedor chamado Nesh (#ficaadica, hehehe). Passei ainda - sem querer - pelo cemitério antes de chegar a Manly Beach para me despedir. Talvez pela chuvinha, o mar estava animado e havia muitos surfistas. Comprei meus últimos souvenirs nas lojinhas do Corso e segui para buscar minhas malas e ir pro aeroporto.



No aeroporto, verifiquei como se faz o tax refund: ele só serve para compras de mercadorias (serviços não) cuja nota fiscal (de um único ítem ou vários combinados) exceda um certo valor (que infelizmente não me lembro ao certo... algo como AU$ 300). Não há muita fila e o crédito é feito na hora, num posto que fica na área de embarque, ao lado do Free Shop. Enfim... voo tranquilo de Sydney a Buenos Aires, com Hitchcock na tela coletiva. A tripulação, dessa vez, regulou a cerveja e o vinho, o que me deu certa dificuldade para dormir. Assim como na ida, um pequeno avião da Austral com 4 poltronas por fileira fez o trecho Buenos Aires - Guarulhos. Fim da linha.

IMPRESSÕES DA AUSTRÁLIA E DE SYDNEY - Dizem que o Brasil tem sido a sexta ou sétima "economia do mundo" por ter um PIB de mais de US$ 2 trilhões. Sempre suspeitei um pouco desses números... afinal de contas, temos uma população de 200 milhões de habitantes, bem maior do que qualquer "concorrente" europeu. Acredito que o PIB per capita faria mais sentido numa comparação... mas disso o governo e a mídia preferem se esquecer. Talvez por trás disso esteja uma forte impressão minha sobre a Austrália: é um país mais rico e com distribuição de renda mais igualitária. Menos "PIB" e mais "IDH".

Ao longo da viagem, conheci brasileiros que ganham a vida trabalhando como faxineiros. Os encontrei em meio a aeroportos, hotéis, passeios turísticos, corrida de Fórmula 1. Sim. Faxineiros têm pleno acesso ao lazer, turismo, cultura. Segundo um deles, ganham em torno de AU$ 22/hora. Conversando com um outro amigo meu, executivo de empresa de TI, surgiu uma reflexão... o salário do diretor de uma empresa é quantas vezes maior do que o salário de alguém na base de sua hierarquia? Segundo ele, uma grossa estimativa seria de 5, 6 vezes na Austrália. No Brasil, certamente passa de 40, 50. Não sejamos hipócritas, realmente acho que de fato um diretor de empresa deva receber salários maiores devido ao cargo que ocupa, principalmente levando-se em conta responsabilidades e estudos inerentes a ele. Mas que a discrepância não seja tão absurda como no Brasil.

Outra situação interessante que ilustrou bem essa conversa foi quando este meu amigo precisou desentupir um ralo (ou coisa que o valha). Ligou para a empresa e, para a sua surpresa, foi atendido por uma deliciosa linda australiana "de shortinho e top", bronzeada, malhada e extremamente educada. Provavelmente surfista. Na Austrália há diversas opções de lazer gratuitas, acessíveis, inclusivas. Não é preciso ter muito dinheiro para desfrutar da vida. Há praias, piscinas públicas, calçadões, parques, trilhas, lagos. Provavelmente há ambição entre os profissionais de diversos níveis hierárquicos e profissões, mas, ao que tudo indica, pouca ganância. Jornadas de trabalho humanas... reparei que é um povo que GOSTA de um happy-hour. Eles estão por todas as partes das cidades em todos os dias de semana depois das 5, 6 da tarde. Geralmente em espaços públicos, ou abertos... executivos de paletó misturados a estudantes, surfistas, mochileiros, torcedores de algum time de algum esporte. Sem "camarote".

Dá pra perceber que o estilo de vida australiano é bem "enjoy your life"... menos status, menos ostentação, menos desespero por exclusividade, menos "cultura VIP". Pra quê alugar buffets infantis com manobristas na porta e decorações suntuosas se você pode levar a criançada pra festejar um aniversário num parque seguro com lagos, árvores e playground, a céu aberto e ar puro? Pra quê encher condomínios de "espaço gourmet", academia disso e daquilo, se as ruas são seguras, os bares numerosos e acessíveis, e há piscinas públicas, praias, ciclovias? Pra quê "lista VIP" se os pubs são gratuitos, muitas vezes com música ao vivo e frequentados por gostosas pessoas que estão lá mais pra beber e aproveitar a vida do que "posar de bacana"? Sem dúvida alguma a Austrália - um país que não está entre as 10 maiores economias do mundo - tem muitas lições a nos dar sobre uma sociedade rica, civilizada, com um estilo de vida nada hostil em que as pessoas podem conviver de forma mais saudável umas com as outras e aproveitarem o que as cidades têm a oferecer. Lá, a vida parece "render" mais, "durar" mais. Recomendo fortemente que, em algum momento de sua existência, dedique algumas semanas para conhecer este belo país. E não me culpe se decidir não voltar mais para o Brasil.

sábado, 18 de maio de 2013

3 days in BRISBANE

02.04, Terça-feira, 22o. Dia de Austrália.

Checkout feito e embarque no Greyhound que saiu pontualmente de Bryon Bay, ainda passei por Gold Coast inteira pela GC Highway até pegarmos a M1 (também conhecida como Pacific Motorway), a rodovia dos parques temáticos, até chegar em Brisbane ainda antes das 15hs. Tempo suficiente para percorrer  as duas quadras que separam a Roma Street Station da ilustríssima Tank Street para deixar as maladas no Evolution Apartments e sair para caminhar até que meu caríssimo anfitrião chegasse para fazer o check-in.


Em frente ao Apart Hotel já começa a passarela de pedestres/ciclistas - Kurilpa Bridge - que cruza o Brisbane River para o lado de Southbank. As vistas dela já são belíssimas! Brisbane é mesmo uma cidade muito bela que, a exemplo de Melbourne, aproveita bem o Rio, integrando-o à cidade, e não como obstáculo.




A primeira parada foi no GOMA - Gallery of Modern Art, em que fui abençoado com a tal "APT7 - The 77th Asia Pacific Triennial of Contemporary Art", totalmente free. Chamaram a atenção os "quadros gigantes", surreais e megacoloridos de Raqib Shaw, a instalação "Fukushima Esperanto 2012" de Tadasu Takamine, e outras maluquices que só a Arte Contemporâne é capaz de nos mostrar, hehe




Antes de pegar a Victoria Bridge para fazer o caminho de volta, ainda passei pelo Performing Arts Complex, que reúne teatros, museu, um conservatório, cafés, etc...



A ponte "desemboca" em plena Brisbane Square. De um lado, o tradicional Treasury Casino e, seguindo em frente, o calçadão da Queen Street que reúne diversas opções de comércio, alimentação, galerias, etc... parei no Subway para matar a fome rapidamente até voltar pro apê, não sem antes pegar uma sixpack numa liquor Store próxima do Evolution. Para minha surpresa, a reserva era no 30o. andar!! Poder brindar com meu caríssimo anfitrião vendo o sunset lá do alto foi mesmo muito bom. Ainda pudemos saborear deliciosos Pints no PUB "Irishi Murphy´s" com nossas amigas de Brunei e Malásia.




03.04, Quarta-Feira - Acordei e fui logo conferir a Queensland Art Gallery, também no Southbank. Seu acervo é riquíssimo, tanto de arte asiática quando européia, provavelmente desde a Idade Média. Pelo caminho, chamam a atenção Picasso, Rodin, Gauguin, Renoir, Pissarro, Degas, John Russell. Também sotei muito de quadros de Arte Colonial na Austrália, por mostrar como eram regiões hoje conhecidas e visitadas na época em que estavam começando a ser ocupadas. Também chama a atenção as legendas "For Kids", presentes em diversas obras: uma espécie de "explicação simplificada" e BEM didática sobre o a obra, o autor, ou o estilo/contexto histórico para se entender sua importância e significado. Confesso que, em muitos casos, preferi a explicação "For Kids" do que a normal, hehe







Encontrei minha querida amiga brazuca Marjory para almoçarmos na Brisbane Square. Kebab de Fallafell, devidamente vegetariano, para sustentar minha caminhada pela Southbank. Passei pela Roda Gigante (1) , pelos studios da ABC (2) e tantos outros pontos de interesse até chegar à praia Artificial "Street Beach" (3, 4). Sem comentários! Serviço aberto ao PÚBLICO e de ALTA qualidade, com salva vidas, sem MUVUCA, com uso vicilizado. 




Em seguida cruzei a Goodwill Bridge para continuar a caminhada na várzea do outro lado, pelo Botanic Garden. Ela com uns "mangues" e termina na região "Riverside", com  uma bonita vista das marinas, da Story Bridge e diversos skyscrapers, em especial o Soleil, que mais chama a atenção.





Essa região mais central de Brisbane não é muito grande, então andando um pouco, passando pela Catedral Anglicana (1), Central Station (2), Anzac Square já se chega ao centro. Descobri um Coles, comprei um macarrão e pudemos jantar com a vista maravilhosa devidamente acompanhada um sixpack. Belo esquenta pra baladinha no Down Under e um breve reencontro com minha amiga colombiana, a Maria Fernanda, que, por sinal, estava trabalhando em frente ao apê, no "Santos Building".




04.04, Quinta-Feira - Último dia em Brisbane.

A maratona Gold Coast-Byron Bay-Brisbane não tava mole não, então a princípio eu ia fazer um programa mais "light"... comecei visitando o Queensland Museum (que fica no conjunto do Performing Arts), que tem mais cara de museu de ciências... voltado principalmente pr´um público um pouco mais infantil. Mas é legal! Do lado da Grey Street, o museu fica em frente à JMC Academy, cujos anúncios eu havia visto ainda em Sydney, sobre cursos ligados a Entertainment Business. Fui lá visitar e pegar umas brochures.




Cruzei então a Victoria Bridge e fui conhecer o Treasury Casino enquanto caía uma leve chuvinha. O edifício é antigo, e a minha primeira impressão é de que não foi projetado para este uso. Há muitos caça-níqueis ditribuídos por salas e cômodos labirínticos... faltam grandes áreas de mesas de jogos e aquelas ambientações/decorações exuberantes típicas dos cassinos mais modernos. Talvez o edifício seja tombado. Enfim... depois de muito andar, enquanto procurava a saída, acabei me deparando com um salão principal (com cara de pátio) interno, esse sim, razoavelmente amplo e com pé direito triplo. Ainda assim, não lembra nem de perto o padrão de Las Vegas, que é voltado também para o entretenimento. Há muitas pessoas mais velhas, sentadas principalmente nos caça-níqueis.



Passeei um pouco pelo centro, pela Queen Street, entrando e saindo de lojas/galerias, até descobrir a tal Harvey Norman. É praticamente uma BESTBUY da Austrália. Grande diversidade de produtos eletrônicos, a preços MUITO bons. Uma pena eu não ter como levar tanta coisa com a carry-on bag no voo... mas certamente daria um jeito de visitar uma filial em Sydney. Enfim... ainda era cedo e decidi então voltar pras redondezas do Evolution e visitar um ponto que chamava a tenção no mapa - Roma Street Park. Caminhei por ele inteiro. MUITO legal. Fica do lado da ferrovia, com jardins, flores, lagos, gramados, diversos espaços... é bonito, vale a pena! Sua saída é perto da King George Square, de onde voltei correndo pro apê pra tentar pegar ainda uma piscininha com sol.






Novamente recebemos uma boa dica e a "balada do dia" (cada dia da semana tem um lugar que "bomba") era no The Victory. O lugar é legal. No começo da noite um cara que parece o Leôncio, do Pica Pau, agita a galera com um som no formato "banda de um homem só". Tem uma competição bizarra de dança enquanto a balada vai enchendo, regada a jarras de breja a AU$ 8,00. Brisbane é uma cidade que tem muitos estudantes... logo conheci minha nova amiga germano-brazuca Tanja, com suas colegas intercambistas asiáticas e suíças.


05.04 - Back to Sydney - Acordei cedo por milagre e consegui pegar o ônibus pra Gold Coast a tempo. Deu certo e me deixou em frente ao aeroporto com tempo suficiente de ir pra área de embarque - dessa vez havia experimentado o check-in online, pelo qual já imprimimos inclusive nosso cartão de embarque e vamos direto pro portão, sem nem sequer pesar a bagagem de mão. A Jetstar se mostrou um pouco mão de vaca...  fizemos o embarque "por fora", sem aquele tunelzinho, com garoa rolando e tudo o mais. Em 1 hora e meia estaria em Sydney, pela última vez, tristemente me preparando para o retorno ao Brasil.